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Cana de açúcar : muitas viagens antes de virar cachaça

Atualizado: 21 de out. de 2020


Muito antes de ser utilizada para produzir cachaça, a cana de açúcar rodou o mundo. No início era apenas uma planta ornamental cultivada no sudeste asiático. Viajou pelo oceano e chegou à Indochina, Malásia e China, ainda como ornamento. Só quando chega à Índia, cerca de 5.000 anos atrás é que começa a extração de açúcar da planta.



No século VI os persas invadem a Índia e levam a cana assim como a tecnologia de extração do açúcar para o Oriente. Os árabes por sua vez se expandem, invadem a península ibérica onde introduzem o cultivo da planta na Espanha e Ilhas Canárias.


Em 1493 Cristóvão Colombo traz o cultivo para as Américas. Cuba, México, Peru, Colômbia, Venezuela e Brasil (1530) começam a produzir açúcar, especiaria rara que nesta época possuía um enorme valor monetário, chegando até mesmo a fazer parte de dotes e testamentos.



Nesta época o açúcar só era encontrado na mesa dos nobres e da realeza. Alguns pesquisadores atualizaram o valor do açúcar na época e chegaram à cifra de R$ 200 reais o grama, mais caro do que o ouro.


Apesar de ter chegado em vários países da América, é no Brasil que ocorre seu maior desenvolvimento. Isso porque a Espanha estava mais preocupada em extrair o ouro e a prata que havia encontrado aqui nas colônias. Assim fica com Portugal a liderança da produção açucareira nas Américas.


O primeiro engenho de que se tem registro é o Engenho dos Erasmos, localizado no município de Santos, ex- capitania de São Vicente. Ainda hoje é possível visitar suas ruínas.



Apesar de também dominarem a técnica dos destilados, os portugueses não iam deixar de produzir nenhum grama de açúcar a menos devido a seu valor. Era mais barato e mais lucrativo trazer a bagaceira de Portugal.


Só quando a Europa descobre a técnica de extrair açúcar da beterraba e que o açúcar da cana começa a perder mercado é que o espaço para a produção de cachaça começa a existir.


Mas este é assunto para nosso próximo post....


Até mais.


Paulo godoy






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